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Crítica: Os Mercenários

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Filmes como “Os Mercenários” complicam o ato de escrever uma crítica. Não porque seja um filme perfeito, longe disso. A questão é que é um filme autoexplicativo demais. Explicar por que a edição e movimentos de câmera são confusos, que os personagens não foram suficientemente desenvolvidos ou que o roteiro amontoa clichês não dá conta. Porque este filme é uma mensagem clara de brucutu para brucutu: “o cinema atual está ‘afrescalhado’ demais e nós da velha guarda voltamos para mostrar como era no nosso tempo. Tá achando ruim? Pega aqui na minha crítica!”.

O novo petardo de Sylvester Stallone não vai muito além do chamariz de marketing de ser um all-stars de astros de ação e de resgatar as raízes dos filmes oitentistas estrelados por esses mesmos caras. A trama simplesinha apresenta um grupo de mercenários liderados por Stallone que vão a um país sul-americano cujo povo está subjugado por um ditador associado a um grande traficante. Ah, e tem uma gostosa – a nossa Gisele Itié – que vai ser o interesse romântico do boca-torta.

E daí você desliga o cérebro. É isso aí, cinco caras vão acabar com um exército inteiro e ainda salvar a mocinha. Quem se importa com detalhes? Queremos mesmo é o que Stallone prometeu durante toda a campanha publicitária: uma montanha-russa de murros, chutes, tiros, facadas, explosões e frases de efeito. Queremos saber quem ganha na porrada: o imenso porém sequelado Dolph Lundgren ou o ágil porém minúsculo Jet Li. Para quem foi/vai ver o filme nessa, a crítica acaba aqui.

Continua lendo? Bem, então saiba que mesmo que o filme seja bastante eficiente nesse sentido, ele não deixa de ter seus vários pecados. Certas coisas são de se estranhar, como as idas e voltas do personagem de Lundgren, que ganhou um desfecho, a meu ver, muito “Poliana”. Stallone também perdeu uma boa oportunidade de destacar mais as diferenças entre cada mercenário – ainda que se fizesse isso cairia naquela estereotipação de sempre, mas faltou essa distinção. Achei ainda o personagem de Mickey Rourke muito fora de contexto – por que afinal o cara não ia mais para as missões como os outros? Só por causa da historinha triste que contou a certa altura do filme? E porque dentre os coadjuvantes só Jason Statham ganhou uma subtrama própria?

A comentada cena entre Sly, Bruce Willis e o governador Arnold Schwarzenegger é legal e engraçadinha, com diálogos cheios de piadas internas – “ele quer ser presidente”, fala um Stallone sem cerimônias sobre o austríaco. Mas fica implícita na cena o tempo todo que ela foi uma mera dádiva de Schwarzza para com sua legião de fãs, e que o agora ocupado político não tinha muito tempo na agenda para ir além daquilo. Foi a “hora do recreio” do filme, do trio de amigos e de seus respectivos fãs; que bom que aconteceu, mas passa essa impressão de coito interrompido.

Stallone terá a chance de sanar boa parte das deficiências de “Os Mercenários” com a possível continuação. Mas duvido muito que o faça, pois a julgar pelas recentes declarações, ele está muito mais preocupado se vai conseguir trazer Jean Claude Van Damme e/ou Steven Seagal para o elenco. Nosso ídolo fortão está no jogo do cinema há uns 35 anos e sabe como o jogo da bilheteria funciona. Além disso, periga Schwarzenegger não se tornar presidente e voltar ao batente de verdade, daí o trailer de “Mercenários 2” pode abrir com ele falando “I’ll be back”…

Óbvio demais até para Stallone? Você realmente leu este texto do começo ao fim?

Coletânea de vídeos de Os Mercenários

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Eu não falei quase nada aqui sobre “The Expendables”, que no Brasil vai se chamar “Os Mercenários”. Mas também não há muito o que ser dito. Acho que a presença do elenco fala por si: Jet Li, Jason Statham, Mickey Rourke, Dolph Lundgren, Eric Roberts, Terry Crews e Randy Couture, além de pontas de Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger.

Todos dirigidos pelo fucking Rocky Rambo Sylvester Stallone, que também estrela a brincadeira. Ah, tem Gisele Itiê fazendo a gostosa da vez.

A trama é sobre um grupo de mercenários contra um ditador da América Latina, mote que já deverá cumprir a cota de tiros, explosões, facadas e murros que o longa exige. Deverá estrear em 15 de agosto no Brasil e EUA.

E chega. Olha aí os vídeos, rapaz. E viva o retorno do cinema brucutu!